sábado, 27 de março de 2010

NOVE SEGREDOS PARA CONTROLAR A OLEOSIDADE DA PELE

Com o tempo começando a esquentar, o pesadelo de quem tem a pele oleosa volta a ganhar contorno. Lavar o rosto várias vezes durante o dia, passar lencinhos umedecidos e produtos adstringentes são algumas das medidas preventivas mais comuns.
Mas qual delas realmente funciona? É preciso prestar atenção no tipo de sabonete que você usa, na composição da maquiagem e até no seu corte de cabelo , afirma o dermatologista Ademir Junior, da Sociedade Brasileira de Medicina Estética.
Numa entrevista bastante didática, ele explica tudo o que você precisa fazer para proteger a pele contra o excesso de oleosidade e, conseqüentemente, ficar longe de cravos e espepinhas, além de evitar aquele aspecto brilhante que derrete qualquer maquiagem.

1. Na hora do banho
O primeiro cuidado é regular a temperatura da água. Muito quente, ela remove a oleosidade natural da sua pele, incentivando o organismo a produzir mais sebo. Resultado: oleosidade de sobra. Prefira água morna ou fresca. A escolha do sabonete também é importante: use produtos específicos para o rosto, que também não agridem a pele dsta região. Alguas marcas, inclusive, dispõem de opções específicas para cada tipo de pele.
2. Maquiagem
O uso do pó é comum entre as mulheres que têm vergonha do brilho excessivo, produzido pelas peles oleosas. Desde que você tenha o hábito de limpar corretamente a pele, com uma espuma de limpeza e uma loção adastringente, poe usar maquiagem sem medo. Se possível, busque produtos que são desenvolvidos para pele oleosa, ou seja, que não incentivama produção de sebo. Também peça por opções com o chamado efeito mate , que dão aspecto mais seco.
3. Lencinhos umedecidos
Eles até aliviam aquela sensação pegajosa, mas ão resolvem a olesidade. A ação é restrita ao alívio do desconforto. Pode haver, inclusive, um aumento da oleosidade, caso seu lencinho contenha produtos que desgastem a pele. Prefira andar com um pouco de loção adstringente e lenços de papel ou plaquinhas de algodão, eles são úteis quando não é possível lavar o rosto.
4. Franja no rosto
A oleosidade dos cabelos e do couro cabedulo acaba prendendo-se à testa e ao rosto. Além disso, o cabelo abafa a pele, que acaba com dificuldade de respirar. Evite cortes que deixam o cabelo em contato com o rosto ou, se for o caso, mantenha os fios presos na maior parte do tempo.
5. Efeitos da poluição
Os agentes poluentes facilitam a inflamção da pele, gerando problemas como a acne. Vale lembrar que o proprio óleo em excesso já apresenta esta propriedade, assim como a poluição, individualmente. Somando os dois, portanto, teremos maior inflamação cutânea.
6. Proteção contra o sol
Você nunca deve dispensá-la, mas precisa usar protetores específicos para o rosto com pele oleosa, com FPS 30 no mínimo. Em geral, esses produtos vêm em forma de gel, gel-creme ou fluido (escolha aquele cuja consistência agrada mais). As fórmual são pensadas não só para formar uma barreira contra os raios ultraviletas, mas também para tratar a oleosidade da pele, evitando que o problema aumente. O sol, aparentemente, pode até melhorar a oleosidade da pele, mas não tem nenhum efeito redutor como muitos pensam.
7. O mito do chocolate
A Ciência ainda não dispõe de um veredicto a esse respeito. Enquanto muitos estudos dizem que o consumo de chocolate não tem nanda a ver com o aumento da oleosidade, outros apontam a quantidade de gordura presente na composição como um fator desencadeante para o problema. Na prática, o dr. Ademir recomenda que você preste atenção no próprio metabolismo e observe se o consumo causa alguma mudança na sua pele.
8. Ar condicionado
Quando o tempo esquenta, fica difícil escapar dele. O problema é que o ar condicionado, por ressecar o ambiente, ajuda na desidratação da pele. Com isso, há o aumento na produção de óleo, como uma reação natural do seu organismo para tentar reduzir a perda desta água. Hidrate-se bastante, com água e sucos naturais, que o efeito do aparelho tende a ser menos nocivo sobre sua aparência.
9.Antes de dormir
Deixar a pele respirar ou usar produtos específicos? Depois de remover a maquiagem e fazer a limpeza da pele com espuma facial e loção adstringente, o dermatologista recomenda que você aplique uma loção ou um gel que reduza a oleosidade da sua pele. Pela manhã, não se esqueça de retirar o produto, lavando bem o rosto. Durante o dia, a melhor saída é usar um filtro solar próprio para peles oleosas.

Fonte: O ESTADO DO PARANÁ – PR

sexta-feira, 19 de março de 2010

A CIÊNCIA A FAVOR DA BELEZA

Como a descoberta do sistema de hidratação profunda da pele, feita por um prêmio Nobel, abriu caminho para uma revolução nos cosméticos.

Há duas décadas, as pesquisas sobre a preservação da juventude da pele proporcionaram a primeira revolução no mundo dos cosméticos. À frente dela estava o ácido retinoico, que se provou eficiente no tratamento dos sinais da idade mais tênues. Agora, graças ao trabalho de um prêmio Nobel, uma segunda revolução se aproxima. Um novo continente foi descoberto no planeta do conhecimento científico sobre o metabolismo das células da pele. As perspectivas são extraordinárias no campo da prevenção. O que se pode esperar das aplicações práticas vindas da descoberta da ciência pura é, simplesmente, manter por quase toda a vida a mesma aparência jovial que a pele apresentava aos 20 anos de idade. Nunca a indústria de cosméticos esteve tão próxima da ciência de vanguarda.
Durante um século, desde que a polonesa Helena Rubinstein criou o conceito moderno de produtos de beleza, mulheres e homens preocupados com a aparência tiveram recursos muito limitados para manter a pele livre das rugas, da flacidez e das manchas trazidas pelo processo natural de envelhecimento. Os cremes e as loções disponíveis no mercado, à base de glicerina e outras substâncias gordurosas, apenas mantinham a hidratação natural da epiderme nas horas seguintes à sua aplicação. A prevenção de rugas ou a manutenção de uma pele jovem e saudável ao chegar à meia-idade, façanhas prometidas nas embalagens, ainda têm pouca correspondência no mundo real. Os pesquisadores da área de cosméticos sempre souberam por que é tão difícil evitar as marcas do tempo na pele por meio de produtos químicos. Basicamente, porque não se sabia como interferir nas camadas mais profundas da epiderme. Agora, como resultado de diversas frentes de pesquisa científica, vive-se o início da mais notável revolução já vista no mundo dos produtos de beleza. As empresas de cosméticos anunciam que estão a um passo de encontrar fórmulas químicas capazes de manter a hidratação nas camadas inferiores da pele.
O ponto de partida para essa revolução nos tratamentos de beleza é a descoberta do cientista americano Peter Agre que lhe valeu o Prêmio Nobel de Química em 2003. Agre descreveu o funcionamento do principal sistema de irrigação dos tecidos do corpo humano. Ele é composto de canais formados por proteínas que atravessam a membrana celular e permitem a entrada e saída de água. O pesquisador batizou esses canais de aquaporinas. Os órgãos do corpo humano são formados majoritariamente de água – 79% no caso do coração, 76% no do cérebro e, na pele, 70%. Por isso, as aquaporinas são indispensáveis para o funcionamento do organismo. Mas, como todo processo bioquímico de manutenção da vida, a eficácia das aquaporinas diminui com o passar dos anos, tornando os órgãos mais fracos e vulneráveis. A diminuição no desempenho das aquaporinas da pele a torna seca e enrugada. O grande salto que as empresas de cosméticos estão prestes a empreender é prolongar o funcionamento perfeito da aquaporina 3, específica da pele, por tempo indeterminado. Para isso, elas têm várias estratégias. A principal delas é a produção de cremes com proteínas sintéticas semelhantes às naturais. "Saber como funciona cada elemento que compõe a pele se tornou imprescindível para encontrarmos fórmulas cada vez mais específicas para tratá-la, e a aquaporina foi um passo gigante nessa direção", disse a VEJA o francês Lionel De Benetti, diretor da indústria de cosméticos francesa Clarins, de Paris.
Não apenas para a pele, diga-se. A descoberta dos mecanismos de circulação celular de água e outras substâncias nutritivas começa a produzir soluções para os mais diversos problemas de saúde. Uma das mais esperadas é uma terapia que pode manter os rins funcionando em padrão ótimo por quase toda a vida de uma pessoa. Aos 85 anos, um ser humano normal tem a capacidade de filtragem dos rins reduzida em média a meros 30% – ainda assim se ele tiver um organismo sadio. Pessoas que são obrigadas a tomar diariamente medicamentos para doenças crônicas, como o diabetes, exigem mais dos rins. Elas podem chegar aos 85 anos com o poder de filtragem renal de apenas 10% do normal. A possibilidade de manter ou reativar os processos que ocorrem nas aquaporinas é uma esperança para a pele perfeita e para o prolongamento da juventude e do bem-estar geral do organismo.
Sob o número EP 1 885 477 B1, acaba de ser concedida na União Europeia a primeira patente de um produto criado com base nas aquaporinas. Ela foi obtida por uma empresa dinamarquesa que produziu com aquaporina uma membrana capaz de filtrar e purificar a água nas condições mais adversas. O uso imediato vislumbrado pelos dinamarqueses é em grandes usinas de dessalinização de água do mar, o que, com a nova tecnologia, pode ser feito mais rapidamente e com mais eficiência do que qualquer outro processo anterior. O ramo médico da empresa está focado em aplicações que vão produzir soluções para doenças renais e outras em que o problema é a produção ou filtragem de fluidos no organismo.
Na cosmética, a manutenção do bom funcionamento das aquaporinas através das décadas é a principal arma da nova revolução dos produtos de beleza, mas não a única. Os cientistas têm conseguido avanços também em outras frentes na busca pela preservação da pele jovem. A principal delas é a regeneração celular. A técnica da finalização transepidérmica, atualmente em fase de testes em vários laboratórios da Europa, procura retardar a perda da capacidade de produção celular que se intensifica a partir dos 40 anos. Moléculas de substâncias estimuladoras da renovação celular, como o retinol, são introduzidas em uma única célula da pele. A partir daí, as proteínas celulares se encarregam de levar o elemento estimulador às demais células. A utilização da finalização transepidérmica na regeneração celular também pode se dar por meio dos chamados fatores de crescimento. São proteínas naturais da pele que estimulam a produção de novas células, principalmente as responsáveis pela síntese de queratina e colágeno, substâncias que garantem a elasticidade e a firmeza da pele. Prevê-se que os produtos que utilizam a finalização transepidérmica cheguem às prateleiras das farmácias nos próximos seis meses.
A nanotecnologia também tem sido uma aliada poderosa no desenvolvimento da nova geração de cosméticos. Com ela, é possível fragmentar a molécula de uma substância ativa ao menor tamanho possível, o nanômetro, e fazê-la penetrar facilmente em qualquer tecido. Já existem vários produtos no mercado fabricados por meio dessa tecnologia. Entre os principais estão os filtros solares, que garantem até 100% de proteção contra a ação do sol. As moléculas fragmentadas, além de penetrar mais profundamente a pele, têm também maior capacidade de absorção, o que garante que o produto se espalhe de maneira mais uniforme. Uma grande vantagem das nanopartículas é a capacidade de penetrar as camadas da pele e o interior das células sem a interferência dos receptores, as sentinelas da membrana celular. Os receptores são como válvulas que têm como função selecionar o conteúdo que chega até o interior das células. Para que uma substância atravesse essa membrana, molécula e receptor devem se encaixar perfeitamente, como duas peças de um quebra-cabeça. "Os ingredientes de um cosmético funcionam como um gatilho. Eles atingem certos receptores na epiderme, e isso produz uma reação em cadeia capaz de estimular as células das camadas mais profundas da pele", disse a VEJA a americana Ni’Kita Wilson, vice-presidente da firma de cosméticos Cosmetech Laboratories.
O conhecimento cada vez mais apurado da pele faz com que as novas linhas de pesquisas dermatológicas lidem com uma quantidade muito maior de variáveis do que no passado. Tradicionalmente, considerava-se a existência de apenas quatro tipos de pele: normal, seca, mista e oleosa. Há quatro anos, num estudo hoje amplamente aceito pela ciência, a dermatologista americana Leslie Baumann, do Baumann Cosmetic & Research Institute, em Miami, propôs que na realidade existem dezesseis tipos de pele. Cada um deles deriva de uma combinação de quatro fatores – hidratação, sensibilidade, textura e pigmentação. Recentemente, descobriu-se também que a idade biológica é fundamental para a escolha do tipo de tratamento da pele. Até os 25 anos, o corpo se encarrega de produzir naturalmente as substâncias que lhe garantem beleza e juventude. Cabe aplicar apenas um hidratante simples e fazer uso do protetor solar com regularidade. Dos 25 aos 40 anos, a produção das substâncias responsáveis pela juventude da pele começa a diminuir. É preciso usar hidratantes mais intensos. Dos 40 aos 60 anos, a pele necessita de estímulos vigorosos para continuar produzindo as substâncias que a mantêm. Recomenda-se a utilização de cremes altamente concentrados para a prevenção do envelhecimento. A ciência também reforça cada vez mais a importância dos hábitos de vida na preservação da juventude da pele. "É um conjunto de fatores que determina o viço da pele", diz Daniel Gonzaga, diretor de pesquisa e tecnologia da Natura.
Na corrida pela revolução dos novos produtos de beleza, a indústria de cosméticos vem aumentando seus investimentos em pesquisas e também na qualificação dos pesquisadores. A francesa L’Oreal, a maior empresa de cosméticos do mundo, elevou seu investimento em pesquisas em 23% nos últimos cinco anos – de 496 milhões de euros em 2005 para 609 milhões de euros neste ano. Os farmacêuticos, que no passado eram os maiores responsáveis pela elaboração dos cosméticos, são hoje minoria entre os Ph.Ds. e doutores que pilotam os principais laboratórios do mundo. Na L’Oreal, dos 3 268 pesquisadores que trabalham em trinta áreas dos laboratórios, 2 000 deles são Ph.Ds. em diversas disciplinas. As principais empresas cosméticas, além de manter laboratórios próprios, firmam convênios com as mais aclamadas universidades. Em geral, leva-se entre cinco e dez anos para criar um produto. A Natura, para uma única linha de hidratantes faciais a ser lançada nos próximos meses, fez mais de 2 500 pesquisas, que incluíram desde o comportamento do consumidor até testes específicos com os diferentes tipos de pele das mulheres brasileiras. Diz o carioca Omar Lupi, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia: "A revolução definitiva na eficiência dos cosméticos ocorrerá nos próximos dez anos, quando as pesquisas genéticas básicas levarem à elaboração de produtos praticamente customizados".

A pele lisa eterna - Lifting do futuro
Pele artificial produzida na Bionext, em Curitiba: possível uso em tratamentos estéticos.
A maioria dos princípios ativos atualmente adotados pela indústria cosmética para aliviar as rugas associadas ao envelhecimento foi antes usada como remédio contra queimaduras. Não será total novidade, portanto, quando as peles sintéticas, hoje de grande utilidade nos hospitais, passarem a ter aplicações estéticas. É uma questão de tempo, apenas. Atualmente, em algumas terapias estéticas que envolvem descamações mais radicais da pele, os dermatologistas têm como recurso cobrir a área afetada com pele artificial. Enquanto a epiderme natural se recupera do trauma, sua equivalente sintética, feita de celulose, se encarrega de evitar infecções e de manter a hidratação. O uso de peles feitas com tecido humano, porém, ainda não fornece resultados estéticos satisfatórios. Diz Ronaldo Golcman, cirurgião plástico do Hospital Albert Einstein, de São Paulo: "Ainda não é possível substituir a pele natural por enxertos feitos em laboratórios para fins estéticos porque essas peles não têm a mesma qualidade. Elas podem se retrair ou apresentar pigmentação diferente".
Existe hoje uma dezena de tipos de pele artificial em uso nos hospitais ou ainda em fase de testes nos laboratórios. A pele é um dos órgãos do corpo que mais sofrem rejeição ao ser transplantados. Apenas gêmeos univitelinos podem doar a pele um ao outro com baixo risco de fracasso. A pele artificial contorna esse obstáculo natural. Ela pode ser feita com material sintético ou com células humanas. No caso de queimaduras graves, as mais usadas são a de colágeno e a de biocelulose. Esta é produto do metabolismo das bactérias Acetobacter xylinum, que se alimentam de carbono e secretam fibras de celulose. Depois de desidratadas, as fibras se transformam em membranas que lembram finos papéis de seda. À medida que a nova pele vai nascendo, a cobertura artificial se desprende. Gerardo Mendonza, da Bionext, fabricante de peles de biocelulose no Paraná, explica: "A trama da pele artificial é larga o suficiente para permitir a respiração dos tecidos, mas estreita o bastante para impedir a entrada de agentes infecciosos".
Mulheres principalmente, mas também muitos homens, com mais dinheiro do que senso, têm pago nos Estados Unidos e na Europa mais de 1 000 dólares por uma emulsão facial cuja matéria-prima viria de um laboratório militar secreto na Rússia, onde os cientistas da defunta União Soviética teriam produzido uma pele sintética quase perfeita. Desde 2005, sob o nome comercial de Amatokin, é vendida no exterior uma linha de cremes antirrugas com preço médio de 200 dólares que declara essa mesma e intrigante origem. Isso tudo soa incerto. O certo é que logo as pesquisas sobre a pele artificial vão abrir mesmo novos caminhos para tratamentos estéticos com resultados radicais.

A luta interna contra os radicais livres
Quando os cientistas começaram a desvendar com maior precisão os mecanismos do envelhecimento da pele, surgiram duas frentes nas pesquisas sobre como preservar a juventude por mais tempo. Uma levou aos cremes e a outros produtos de aplicação tópica, característicos da cosmetologia. A outra, cujas perspectivas eram igualmente promissoras, resultou em produtos de uso interno: compostos principalmente de pílulas de vitaminas, proteínas ou sais minerais que, ingeridas, ajudam a manter a pele saudável, eles receberam o nome genérico de nutricosméticos. Os primeiros apareceram no início da década de 90 e eram feitos à base de colágeno. Essa proteína presente no tecido conjuntivo é determinante na sustentação e firmeza da pele. Hoje, os nutricosméticos mais populares são fabricados com betacaroteno, vitaminas A, C e E, zinco, colágeno, licopeno, isoflavona e silício orgânico. Alguns desses componentes podem ser encontrados em combinação numa só pílula. O principal objetivo continua a ser o original: preservar e estimular a produção de colágeno.
A maioria das substâncias é oferecida por frutas e legumes (o licopeno está presente no tomate e a isoflavona na soja). Mas as pílulas reúnem uma concentração de elementos ativos que dificilmente se consome na alimentação diária. "A eficiência é maior que a dos cosméticos tópicos porque os nutricosméticos partem de dentro do corpo", disse a VEJA a engenheira química francesa Patricia Manissier, diretora de pesquisa e desenvolvimento dos Laboratórios Innéov, em Paris. Cada substância presente nas pílulas contribui de determinada maneira no esforço de combater os radicais livres, átomos de hidrogênio que ficam entre as células e que danificam as estruturas proteicas que dão sustentação à pele, entre elas o próprio colágeno. O stress, o cansaço, a má alimentação e a exposição ao sol aumentam a quantidade dos radicais livres. "O betacaroteno é uma das substâncias mais eficazes nesse processo, formando uma camada de proteção na pele que reduz os efeitos nocivos do sol", diz a dermatologista paulista Ligia Kogos. O licopeno, por sua vez, responsável pela coloração vermelha dos alimentos, estimula a produção de melanina e proporciona um bronzeado com aspecto mais natural.
REVISTA VEJA - MARÇO 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

Manteiga ou Margarina

Elas estão em nove de cada dez cafés da manhã tipicamente brasileiros e são alvo de debates acirrados entre pesquisadores. Em jogo, o título de vilã ou mocinha da boa mesa. Apesar de tanto a margarina quanto a manteiga serem feitas de gorduras, ao comparar a composição e valores nutricionais das duas é fácil chegar a conclusão de que são alimentos bem diferentes. Afinal, qual é mais saudável? Veja as vantagens e desvantagens de cada uma e tire suas próprias conclusões.
Manteiga
Origem animal
É um dos derivados do leite, feito com nata batida. Há dois tipos de gorduras alimentares: as saturadas (sólidas a temperatura ambiente) e as insaturadas (líquidas). “A ingestão recomendada de gordura na dieta é de, no mínimo, 20% e, no máximo, 30% do total de calorias, sugerindo também uma proporção aproximadamente igual entre os ácidos graxos saturados e insaturados”, explica Nilson Evelazio de Souza, professor titular do departamento de Química da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Mais colesterol
Como é natural, a manteiga não tem gordura hidrogenada nem interesesterificada, portanto é sempre zero trans.
Essa é uma das vantagens do alimento, mais fácil de ser metabolizado. Por outro lado, a quantidade de gordura saturada e, consequentemente, de colesterol, é bem mais alta.
Calorias
“Qualquer gordura tem 9 calorias por grama”, diz a médica nutróloga Marcella Garcez Duarte, representante da Associação Brasileira de Nutrologia no Paraná.
A concentração de lipídios na manteiga é maior do que na margarina, que tem 16% a 35% de água na composição.
A manteiga, portanto, acaba sendo mais calórica.
Mudança de papel
A manteiga já foi vista como prejudicial à saúde por ser fonte de colesterol. “Hoje sabe-se que o seu consumo moderado não é o grande causador da obesidade e das doenças cardíacas. Estudos indicam que os maiores problemas estão no consumo de gorduras trans e na ingestão excessiva de ácidos graxos ômega 6 combinado a pequeno consumo de ácidos graxos ômega 3”, afirma Cinthia Bittencourt Spricigo, engenheira de alimentos professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Recomendação;
Pessoas que não têm altos níveis de colesterol podem comer manteiga sem preocupação. “Nosso organismo tem enzimas para digerir a gordura saturada. É muito mais fácil metabolizar essa gordura natural do que as modificadas quimicamente”, diz Marcella.

Margarina
Origem vegetal
As margarinas são feitas a partir de óleos vegatais líquidos que passam por um processo químico para se tornarem sólidos e cremosos. O leite ou derivados é um ingrediente obrigatório, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a regulamentação, a porcentagem de gordura deve ficar entre 64% e 82%.
Zero trans;
Quase todas as margarinas vendidas têm a marcação de zero trans no rótulo. Isso quer dizer que o alimento tem de zero a 0,3 gramas de gordura trans por porção, de acordo com recomendações da Anvisa. A partir de 2003, quando se passou a exigir que a quantidade de trans viesse descrita nos rótulos, os fabricantes procuraram eliminar o ingrediente da composição dos alimentos. Mesmo assim, algumas margarinas ainda têm. “É uma gordura que nosso corpo não reconhece, é vista pelo sistema digestivo como se fosse um polímero, um plástico. Ela acumula nas artérias e, a longo prazo, é muito mais nociva do que a gordura saturada”, explica a nutróloga Marcella.
Modificada quimicamente:
“Todas as margarinas com zero trans tem gordura interesterificada”, alerta Marcella. Foi uma forma de os fabricantes substituirem a trans sem fazer com que os produtos ficassem menos cremosos. Essa gordura é um óleo vegetal modificado quimicamente. Como o processo é recente, não há conclusões sobre qual seria a reação do organismo humano em relação a esse tipo de lipídio.
“Os primeiros resultados não são favoráveis. É provável que ela não seja metabolizada como a trans.”
Porcentagem de lipídios:
Quanto mais lipídios uma margarina tem, mais calórica e mais cremosa ela se torna. Eles não fazem mal, desde que não sejam consumidos em excesso. A margarina light tem uma porcentagem menor.
De olho do rótulo:
O melhor jeito de escolher margarinas é conferindo o rótulo. “Algumas possuem menos sal, outras contêm vitaminas, maiores teores de ômega 3 e menores teores de gordura saturada, o que pode torná-las mais saudáveis do que outras que não têm essas características”, diz Cinthia.

Fonte: GAZETA DO POVO – PR

quarta-feira, 10 de março de 2010

CURSOS DE EXTENSÃO ESTACIO FIB



CURSOS DE EXTENSÃO MATRICULA NO SITE APARTIR DE 15-03



INDIRA

MANHÃ GEOTERAPIA E GESSOTERAPIA(40h) – LAB 17

SEXTA (09-04)

TARDE AURICULOTERAPIA (40h) – LAB 19

QUARTA (07-04) MANHÃ SHIATSU FACIAL (40h) – LAB 17

MILENA

QUARTA (07-04) TARDE REFLEXOLOGIA PODAL (32h) – LAB 19

WILNA

SEXTA (09-04) TARDE DEPILAÇÃO (32h) – LAB 17

DANIELLA

MANHÃ LIMPEZA DE PELE (40h) – LAB 17

SEGUNDA (05-04)

TARDE MASSAGEM COM REJ. FACIAL (40h) – LAB 17

QUINTA (01-04) MANHÃ PROTOCOLOS FACIAIS (40h) – LAB 17

SHEILA

QUARTA (07-04) TARDE DRENAGEM LINFATICA (32h) – LAB 17

HIGIDIO

SABADO (10-04) MANHÃ COSMETOLOGIA FACIAL (32h) – LAB QUIMICA

SEGUNDA (05-04) MANHÃ COSMETOLOGIA CORPORAL (20h) – LAB QUIMICA

MONICA MAYOR

SEXTA (09-04) MANHÃ DESINIG DE SOBRANCELHA (20h) – LAB 19

MERCIA

TERÇA (06-04) TARDE HIDRATAÇÃO CAPILAR (32h) – LAB 19

RITA

SEGUNDA (05-04) MANHÃ HIGIENIZAÇÃO CAPILAR (32h) – LAB 19

segunda-feira, 1 de março de 2010

O PERIGO QUE VEM DO SOL

Um dos verões mais quentes do século quebra um novo recorde: o de radiação solar. Os raios ultravioleta (UV) atingiram ontem condições extremas em 14 capitais do país e em Brasília (DF) e acenderam o sinal de alerta do risco de danos à pele. Belo Horizonte está entre as cidades com índice máximo na escala de medição, que varia de um a 14. O topo da incidência de radiação foi registrado ao meio-dia pela empresa paulista Somar Meteorologia, que atribui o fenômeno principalmente à escassez de nuvens. Outros agravantes são buracos na camada de ozônio, a posição geográfica e a altitude de algumas cidades, já que, quanto mais próxima da linha do Equador e mais alta a localidade, maior a concentração de energia ultravioleta.
As capitais com índices mais elevados foram Belo Horizonte, Aracaju, Belém, Boa Vista, Macapá, João Pessoa, Fortaleza, Maceió, Natal, Palmas e Recife, além de Brasília, com índice 14. Rio de Janeiro e Vitória vieram em seguida, com radiação na casa dos 13, e Porto Alegre fechou o grupo de risco com índice 11. De acordo com a escala UV, índices de um a dois são considerados baixos; de três a cinco, moderados; até sete, altos; de oito a 10 são apontados como muito altos; e de 11 a 14 são considerados extremos. O cálculo leva em conta a nebulosidade, a concentração de ozônio, a estação do ano, a hora do dia, a superfície alvo da radiação (areia, neve, água e asfalto refletem a radiação), a posição geográfica e a altitude.
Segundo o meteorologista Jonathan Cologna, da Somar Meteorologia, o alto índice de radiação é sempre esperado no verão, mas este ano as condições estão atípicas devido à influência do El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico na costa do Equador e do Peru e que influencia a circulação das massas de ar no Brasil. “As nuvens ajudam a bloquear a passagem dos raios solares, por isso, quanto menor a nebulosidade, maior a radiação. E o El Niño tem efeito direto, já que ele favorece o calor e inibe a formação de frentes frias em algumas regiões do país. O horário mais crítico é observado das 10h às 15h e o ponto máximo, às 12h”, explica Jonathan.
PRECAUÇÃO O alto índice de radiação requer cuidados especiais com a pele para evitar sérios problemas de saúde. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia/ Regional Minas Gerais, Maria de Fátima Melo Borges, o ideal é usar, a cada duas horas, filtro solar com fator de proteção de no mínimo 30, roupas claras, bonés, chapéus e óculos escuros com lentes de qualidade. Além disso, é importante tentar evitar a exposição desnecessária ao sol. “As pessoas precisam ter consciência de que a radiação é imperceptível e que tem efeitos cumulativos sobre a pele. Há problemas que aparecem de imediato, como queimaduras, manchas vermelhas e reações alérgicas, mas há doenças graves que só se manifestam a médio e longo prazo”, alerta a médica.
De acordo com a especialista, o maior risco é de envelhecimento precoce da pele, manchas, pintas, sardas e até câncer de pele (melanoma) e doenças autoimunes. “O ideal é praticar atividades ao ar livre apenas no início da manhã e no fim da tarde. Além disso, é bom ficar atento à exposição solar em atitudes cotidianas, como ao dirigir um carro e ficar próximo a janelas de casa. Outro cuidado é com os clubes e praias, pois os jovens são muito imediatistas e só pensam na beleza do bronzeado. Mas eles esquecem que o efeito do sol se acumula na pele e que a prevenção deve começar o mais cedo possível”, acrescenta Maria de Fátima.
Em tempos de sol escaldante, o pequeno Iago Morais Campos, de 4 anos, dá um bom exemplo. Antes de mergulhar na piscina para a aula de natação, ele abusa do protetor solar fator 60 especialmente no rosto, nos braços e nas costas. “Os pais devem ficar atentos com a saúde dos filhos. Não deixo o Iago jogar bola ou brincar ao sol e ele mesmo já pede o protetor solar sempre que vai nadar. Quando era mais novo, ele teve uma manchinha no nariz e sempre ficamos de olho para evitar problemas”, conta o pai do garoto Heleno Moysés Campos, de 44 anos.
A professora Josiane Camargos, de 38, é ainda mais precavida com a filha, Maíra Camargos Franco, de 8. Seja para ir ao clube ou passear com as amigas, o filtro solar é obrigatório até mesmo em partes do corpo pouco lembradas, como as orelhas e o peito do pé. “Passo o protetor duas vezes ao dia, quando acordo e depois do almoço. Só fiquei vermelha uma vez na vida, numa viagem à praia, e achei muito ruim. Agora não esqueço mais”, diz Maíra.

          Fonte: ESTADO DE MINAS – MG