sábado, 24 de abril de 2010

HIPOGLÓS COMEMORA 70 ANOS NO BRASIL

A Grey criou uma campanha comemorativa dos 70 anos da Hipoglós, da Procter&Gamble, no Brasil, que é líder de mercado com quase 70% de market share, segundo o fabricante. A nova comunicação da marca, que estreia no próximo dia 25, é formada por um filme, peças para internet e a reformulação do site.
O comercial “Lembranças” mostra a integração dos pais com os bebês ao longo das décadas, desde o início da presença da marca no País. A peça fecha com o slogan: “Há 70 anos, a escolha número um das mães”. A direção de cena do filme é de Heitor Dhalia, sócio da ParanoidBR. Para dar a impressão de passagem no tempo, foi feita uma completa pesquisa de figurino, maquiagem e cenografia e foram usadas diversas tecnologias de filmagem para dar diferentes texturas.
O filme, que entra no ar duas semanas antes do Dia das Mães, resgata lembranças de momentos únicos das vidas das pessoas e essa ligação forte com os pais ao longo do tempo. Além do comercial, a campanha investe na área digital. O novo site da marca traz uma linguagem mais descontraída e pretende promover uma maior interação da marca com os pais. Um dos destaques é o espaço BabyBook, uma rede social onde as mães puderam postar vídeos, fotos e informações sobre seus pequenos.
Também como parte das comemorações dos 70 anos da Hipoglós no Brasil será realizada uma nova edição do concurso Seleção Bebê Hipoglós, que escolherá a nova carinha dos comerciais da marca. A direção de criação da campanha é de Guy Costa e Leandro Castilho.

por Cristiane Marsola

Fonte: PROPAGANDA & MARKETING

quinta-feira, 15 de abril de 2010

UM NOBEL CONTRA AS RUGAS

Presidente do grupo Beiersdorf (5,7 bilhões de euros em vendas no ano passado) e principal executivo mundial da Nivea, em que entrou como estagiário recém-formado em economia, o alemão Thomas-Bernd Quaas, 57 anos, orgulha-se do eterno sucesso do primeiro e mais famoso creme Nivea, o da latinha azul, que em 2011 vai completar 100 anos - "É a mãe de todos os hidratantes". Ao mesmo tempo, avalia que a maior mudança que vivenciou nestes mais de trinta anos de empresa foi a velocidade com que a indústria cosmética passou a desenvolver novos produtos e prenuncia grandes novidades, sobretudo no campo da hidratação da pele. Sorridente, corado e prolixo, Quaas, que é casado com uma brasileira, arranha o português e prepara feijoada em casa quase todo sábado ("Sem laranja. Fruta, só na caipirinha"), falou a VEJA em São Paulo, em uma de suas periódicas visitas ao Brasil, "de longe o campeão" no consumo de seus produtos entre os países em desenvolvimento.
É ilusão acreditar na eficácia de produtos que prometem acabar com a celulite?
A celulite é um dos problemas de pele mais difíceis de ser sanados. Sua ocorrência está relacionada com a estrutura muscular das pessoas, com o formato das pernas e, é claro, com a qualidade da alimentação e o estilo de vida de cada uma. É impossível resolvê-lo totalmente. O mais razoável é baixar um pouco a expectativa e escolher produtos, como os nossos, que seguramente atenuam o problema.
Já que o senhor foi tão sincero ao falar da resistência da celulite, eu pergunto: os cremes faciais podem acabar com as rugas?
Podem atenuá-las. Eles são eficazes a ponto de fazer com que um rosto pareça até cinco anos mais jovem. É o que se pode prometer sem risco de exagerar na eficácia. Esse grau de sucesso, porém, depende do uso constante e incansável de bloqueador solar e hidratante.
Os lançamentos de cosméticos são cada vez mais tonitruantes, mas as mulheres cedo ou tarde se decepcionam com os novos produtos. Existe alguma linha nova de pesquisa que realmente fará a diferença?
As mulheres podem esperar produtos mais eficazes do que tudo o que já usaram até agora. O que está ocorrendo nos laboratórios é um extraordinário avanço rumo à eficácia dos cosméticos. Estamos às vésperas de uma segunda revolução nos cuidados com a pele, em especial no que diz respeito à hidratação. Essa revolução começou em 2003, quando o Nobel de Química foi entregue ao americano Peter Agre. Em resumo, Agre mostrou que o corpo humano é uma miniatura da cidade de Veneza. Isso significa que as camadas internas da pele são recortadas por minúsculos canais pelos quais a água circula. (O médico e bioquímico Peter Agre batizou esses canais formados por proteínas especiais de "aquaporinas" e descreveu seu papel no transporte da água através das membranas celulares.) Os dermatologistas já suspeitavam da existência desses canais, mas não havia evidência científica que a comprovasse. A descoberta de Agre abriu um novo caminho de pesquisas aplicadas, que passou a ser seguido por todas as grandes empresas de cosméticos. A corrida tinha o objetivo de aprender como utilizar esses canais para hidratar as células da pele. Posso adiantar que há poucos meses nossos cientistas me informaram ter, finalmente, obtido a fórmula de um creme capaz de utilizar esses canais para levar água até as células da pele e mantê-la lá.

Parece bom demais para ser verdade...
Essa revolução a que me refiro é um avanço real no campo da prevenção do envelhecimento da pele. Como se sabe, hidratar é prevenir. No campo da correção dos danos já feitos à pele, também temos armas muito poderosas derivadas das pesquisas sobre renovação celular.
Qual é o segredo da sobrevivência do creme da latinha azul?
Esse creme foi o primeiro criado pela Nivea, em 1911. Foi também o primeiro no mundo a conseguir juntar água e óleo e manter a estabilidade dessa mistura. Você pode ter uma latinha durante anos no armário do banheiro, e ela permanecerá igualzinha ao longo do tempo. O creme da latinha é a mãe de todos os hidratantes. Esse foi o nosso primeiro segredo. O segundo é que nestes 100 anos não paramos nunca de investir no creme e fazer muita pesquisa para melhorar o refinamento da emulsão, concentrando-nos, particularmente, no modo como misturamos os ingredientes. Vou parar por aqui. Nosso segredo é tão bem guardado quanto a fórmula da Coca-Cola.

Falando em fórmulas secretas, de onde vem aquele cheiro típico dos produtos de sua empresa?
De uma mistura de plantas e flores, principalmente violeta. Já é clássica a brincadeira que faço quando convido amigos ou colegas para jantar em casa. Enfileiro produtos de beleza de várias marcas, ponho uma venda nos olhos dos convidados e peço que, apenas pelo perfume, tentem reconhecer qual é o Nivea. Eles sempre acertam.

Qual é o tamanho relativo do Brasil no mercado mundial de cosméticos?
No ano passado, o Brasil foi o país onde nossas vendas mais cresceram. Isso decorreu do gosto das brasileiras por novidades na área dos produtos de beleza e também do fato de o Brasil ter lidado de maneira especialmente eficaz com a crise. Aliás, o prazer das brasileiras em descobrir novos cremes faz com que o país seja um ótimo laboratório de testes. O maior consumo per capita de produtos cosméticos vem do Japão. E o maior mercado, em volume, é a América do Norte. Entre os países em desenvolvimento, o Brasil é, de longe, o campeão.

É verdade que, pelo menos em matéria de cremes, os homens são muito mais fiéis que as mulheres?
É verdade. A fidelidade masculina às marcas tem uma única explicação, muito simples e verdadeira. Ao contrário das mulheres, eles não se interessam por novidades. Se eles têm um problema na pele e determinado creme faz efeito positivo, já está muito bom. O fato comportamental mais interessante nesse segmento, porém, é que 80% dos cremes que os homens usam são comprados para eles pelas mulheres.

O senhor usa cremes? Uso um creme para o rosto todos os dias. Além disso, experimento todos os produtos que lançamos e também os dos concorrentes, para observar as diferenças. Quando chego de uma viagem longa de avião, costumo fazer uma máscara no rosto com aquele creme da latinha azul.

Pelo que se lê nos jornais, a concorrência entre as empresas de beleza não tem nada de bonito. É uma briga feia mesmo?

Em termos. É preciso levar em consideração que não existem muitas empresas de altíssima qualidade nesse meio. Somos cinco, seis no máximo. Por outro lado, todas investem muito em pesquisa. Toda hora aparecem novidades. Cada empresa patenteia suas descobertas e, a partir daí, nenhuma outra pode vender produtos com as mesmas características. Como estamos em um mercado que exige novidade o tempo todo, é altíssima a velocidade com que temos de estudar e desenvolver produtos.

Como o senhor exemplificaria esse ritmo de lançamentos?
Posso dizer que entre 30% e 40% de nossa receita total é proveniente de produtos que estão há menos de quatro ou cinco anos nas prateleiras.

Como definir o que seria uma pele perfeita?
Aquela que torna ainda mais bonita uma mulher bonita quando ela sorri. Essa é a mulher que faz um restaurante inteiro parar e olhar quando ela entra.

Mas sorrir muito não causa rugas?
Causa, mas são as que chamamos de rugas de beleza.

Existe um tipo de rosto que possa ser considerado universalmente bonito?
Essa é umas das perguntas mais difíceis de ser respondidas. Fazemos pesquisas globais e vemos que em cada lugar o conceito de bonito é diferente. No Japão, as mulheres buscam um rosto sem nenhum toque de cor, extremamente branco. Isso porque lá o tom de pele mais claro indica que a mulher ocupa posição social privilegiada. Na Alemanha, a beleza está mais associada ao humor e à vitalidade. As alemãs, ao contrário das brasileiras, não demonstram muita preocupação com o envelhecimento. As francesas gostam de experimentar produtos de maquiagem. As suíças se preocupam muito em usar cremes para o rosto, mas dedicam menos atenção ao corpo, que, por causa do frio, acaba pouco exposto. A brasileira, como se sabe, procura juventude e pele bronzeada, inclusive a do rosto.

Além de valorizar o bronzeado, o que mais distingue a brasileira?
Querer ficar com a "marca do biquíni" é uma predileção típica das brasileiras, o que nosso presidente no Brasil descobriu em uma de suas visitas a consumidoras. Vocês estão entre as que começam a usar hidratante para o rosto mais tarde, só se preocupam com as rugas quando elas já apareceram. Em compensação, são das primeiras a fazer uso de cremes para o corpo, especialmente os que combatem a celulite. Essa dinâmica torna-se curiosa quando observamos que, no Brasil, um terço das mulheres procura o dermatologista unicamente por motivos estéticos. No resto do mundo, a mulher só vai ao dermatologista se o clínico geral encontra algum problema de pele e a encaminha ao especialista. Outra peculiaridade daqui são os cremes cosméticos manipulados. Isso não existe na maior parte do mundo.

As mulheres buscam neles quantidades maiores das substâncias que consideram eficazes...
Primeiro, é preciso definir o motivo pelo qual o produto vai ser usado. Faz sentido se for uma receita médica e o objetivo for tratar uma doença.

As pesquisas feitas por sua empresa no Brasil confirmam a decantada vaidade da mulher brasileira?
Da última vez que vim aqui, quis conversar com um grupo de estudantes para conhecer melhor seus cuidados com a beleza. Uma delas me disse que lavava o cabelo duas vezes por dia. Imaginei que isso significava lavá-lo pela manhã e outra vez à noite, antes de se deitar. Não era bem assim. A primeira lavada era feita por ela antes de ir para a academia. Ela explicou que queria estar linda enquanto se exercitava, porque a academia era o lugar onde havia maiores chances de conhecer pessoas. Isso diz muito sobre a importância que as brasileiras dão aos cuidados com a beleza.

Por que a Nivea não entrou no mercado de "cosmecêuticos", as cápsulas que, se ingeridas, teriam efeitos embelezadores?
Algumas pílulas podem até trazer benefícios, mas o que se percebe é que os efeitos positivos desses medicamentos são muito reduzidos. Quando falamos de cuidados com a beleza, os cremes respondem por 80%. Outros 15%, se não mais, vêm de uma vida com esporte, bom sono e alimentação correta. Digamos que as cápsulas podem ter algum efeito perceptível nesses 5% que faltam.

A pele de mulheres em diferentes faixas etárias exige mesmo produtos tão diferenciados?
Os cuidados com a pele são mais ou menos os mesmos em qualquer idade. Eles devem ser igualmente intensivos e constantes. A grande diferença é que, aos 20 anos, a mulher precisa de um hidratante leve. Aos 40, de um creme para adiar as rugas e, aos 60, de outro que as amenize.

Fonte: VEJA

quarta-feira, 7 de abril de 2010

RAÇÃO HUMANA VIRA FEBRE

O nome é um pouco indigesto, e o gosto também não chega a ser o de uma guloseima. Mas os efeitos da ração humana sobre os quilos a mais têm provocado euforia no Brasil. O misto de farelos já era um velho conhecido dos nutricionistas, que há tempos fazem a prescrição aos pacientes. Uma empresa de produtos naturais, porém, lançou a fórmula pronta no mercado e bastou que um famoso programa semanal da televisão mostrasse os benefícios dos ingredientes para que a ração virasse febre no país. A desenvolvedora de web Regina Rizzo, 24 anos, gostou tanto do resultado que resolveu dividir a ração com a família toda. Em janeiro, conversando sobre dietas com um colega de trabalho, ela ouviu falar
pela primeira vez sobre a mistura de farelos. Comprou os ingredientes e preparou a ração em casa. Em sete dias, perdeu 2kg. “Eu não tinha percebido, já estava desanimando, mas quando me pesei, animei de novo”, comemora a jovem, que tem dificuldades para emagrecer. Até agora, foram 5kg a menos.
A nutricionista funcional Carina Tafas, especialista em personal diet pela escola de nutrição NTR de Porto Alegre, explica que pessoas com deficiência de vitaminas do complexo B têm dificuldades para emagrecer e, como a ração é rica desses nutrientes, o processo é facilitado. Além disso, as fibras ajudam a regular o intestino, estimulam a digestão, desintoxicam e inibem a absorção da gordura. “Porém, somente da refeição que foi feita junto com a ração. Ela não diminui a gordura já acumulada no organismo”, alerta.
No começo, Regina resolveu, por conta própria, substituir duas refeições por dia. “Mas comecei a sentir a boca muito amarga. Diminuí para uma vez ao dia, no café da manhã, e melhorei”, conta. Como a ração não faz milagres, a jovem procura fazer refeições leves, além de comer barras de cereal ou frutas a cada três horas.
Sob orientação
Para evitar incômodos como o passado por Regina, a nutricionista Joana Lucyk, da clínica Saúde Ativa, especializada em nutrigênese, diz que os candidatos à ração deveriam procurar um especialista. “Desse modo, se garante a indicação de utilização na quantidade adequada, assim como a definição dos melhores componentes para cada caso específico. As fórmulas prontas têm composições, calorias e quantidades de nutrientes diferentes e, portanto, pessoas diferentes têm indicação de uso diferentes”, argumenta.
Carina Tafas lembra que, para algumas pessoas, a ração comprada pronta pode fazer mal à saúde. É o caso de diabéticos, que não podem ingerir o cacau e o açúcar mascavo, e dos hipertensos, que não devem tomar o guaraná, substância estimulante. “Como muitos ingredientes da ração contêm glúten, ela deve ser evitada por pessoas alérgicas à substância, que podem sofrer com inflamação intestinal. É preciso tomar muito cuidado com a individualidade bioquímica”, diz a nutricionista.
Ela lembra que há outras doenças relacionadas à intolerância ao glúten, como psoríase e artrite reumatoide, cujos sintomas podem piorar por causa da ração. Quem sofre de males do cólon também deve ficar longe da mistura, porque a tendência a inflamações no intestino pode se agravar. Nesses casos, a ração só é indicada com acompanhamento de um especialista, que vai substituir os ingredientes agressivos por outros tolerados pelo organismo.
Valor nutritivo
Embora variem, as receitas são preparadas à base de componentes com rico valor nutritivo, como cacau, quinua real, soja, aveia e trigo (veja arte). Alguns dos ingredientes combatem os radicais livres, um dos vilões do emagrecimento, outros regulam o colesterol, sem falar na quantidade de vitaminas e minerais que levam para o organismo. “São muitas as substâncias, e a maioria delas são fontes de fibras. Quando se mistura os alimentos, obtém-se boa quantidade de fibras solúveis e insolúveis. Portanto, essa mistura ajuda na regulação intestinal, no controle de produção de colesterol e age na saciedade. A maioria dos ingredientes são boa fonte de carboidratos, de minerais e vitaminas do complexo B”, explica Joana Lucyk.
Cunhada de Regina Rizzo, a bancária Juliana de Sousa Faleiro Machado, 31 anos, entrou na distribuição familiar da ração e também está aprovando o resultado. Tirando o carnaval e uma semana de férias, período nos quais tirou folga do mix, ela seguiu a dieta por três semanas. Em cada uma, perdeu 1kg.
Juliana, que pretende perder 20kg, costuma usar a ração em substituição ao café da manhã. Na hora do almoço e no jantar, opta por refeições leves. “Eu não consigo fazer dieta radical”, confessa a bancária, que já tentou vários regimes, mas largou no meio do caminho. Como a ração não exige uma mudança significativa nos hábitos alimentares, resolveu apostar. “Não deixo de tomar uma cervejinha no fim de semana nem de comer sushi de vez em quando. Mas, sozinha, a ração não funciona. Tem mesmo que fechar a boca.”
Esse é o conselho da nutróloga (médica especialista em nutrição) Lívia Zimmerman, membro da diretoria da Associação Brasileira de Nutrologia. “A fórmula não é mágica. Como há muitos componentes calóricos, se a pessoa comer demais, vai engordar, em vez de emagrecer”, diz. Embora reconheça as vantagens dos ingredientes, a médica afirma: “A ração não vai fazer ninguém emagrecer. O que emagrece é o que você vai deixar de comer, já que, se você ingere muita proteína, fica saciada e não sente necessidade de comer muito”. De acordo com a nutróloga, para chegar ao objetivo de emagrecer, a pessoa precisa substituir uma refeição por dia pela ração, que pode ser batida com leite de soja, iogurte ou com frutas.
Já para a nutricionista Joana, as pessoas devem usar o mix como complemento, “visando o equilíbrio alimentar”. “Como a composição é rica em vitaminas, minerais, carboidratos, gorduras de boa qualidade, fibras e proteínas, ela pode promover a recuperação de falhas nutricionais e um melhor equilíbrio nutricional no organismo e, então, auxiliar no processo de emagrecimento. O emagrecimento é consequência do equilíbrio nutricional”, defende.
Assim como Lívia, Joana recomenda moderação no uso da ração humana. “O excesso desse alimento não implicará necessariamente perda de peso. Ele pode ser utilizado diariamente, mas com moderação”, afirma. Segundo ela, é difícil padronizar a quantidade que deve ser utilizada, mas, no geral, pode-se falar em um consumo médio de uma a três colheres de sopa por dia, acompanhado por uma dieta saudável, equilibrada e adequada às necessidades individuais. Ambas as profissionais recomendam a compra de ingredientes embalados e ensacados. Em feiras, os cereais são vendidos a granel, mas correm o risco de contaminação, lembram.
A fórmula não é mágica. Como há muitos componentes calóricos, se a pessoa comer demais, vai engordar, em vez de emagrecer. Lívia Zimmerman, médica nutróloga
O que estão chamando agora de ração humana já era algo que eu usava há muito tempo com meus pacientes. Não gosto dessa relação que fazem da mistura de farelos com emagrecimento, porque não concordo com a substituição das refeições. São ingredientes interessantes, que fazem bem ao organismo, mas devem ser usados como suplemento. O mais interessante da mistura é a fibra, que melhora o intestino. Prefiro que a pessoa prepare a fórmula em casa, com a orientação de um nutricionista, porque são necessários alguns cuidados. A mistura pronta vem com açúcar mascavo, por exemplo, e, para os diabéticos, isso faz aumentar a glicemia.Daniela Guimarães, nutricionista da Academia Contours

Fonte: CORREIO BRASILIENSE – DF